domingo, 22 de abril de 2012


VIAGEM À EUROPA (16.5.98a18.5.98)-ALPES 9a..Parte.                                                                    (Elsa Caravana Guelman e Izidoro Soler Guelman, Leila de Fátima Caravana Ávila e Ary Lima Filho)



                                                      Bour-en-Bresse         Foto:letour.fr



De novo na estrada com os olhos no mapa rodoviário. Nossa direção era Strasbourg. Antes, porém, passaríamos por Bourg-En-Bresse, que é arrondissement e capital do departamento de AIN (01), da região da Grande Bourgogne. A cidade é considerada a capital e o grande mercado de aves brancas abundantes, vindas do interior. Uma espécie de galinha caipira, mas uma galinha caipira especial,  muito especial  Seria o nosso almoço.
Tínhamos, inclusive, uma indicação de um frango originário da região: “Poulet à Bresse”. Outra indicação seria conhecer a Igreja de Brou, de 1513/1532, num estilo  gótico tardio.
 Na praça principal da cidade, escolhemos o restaurante Trichard por estampar em seu menu a especialidade local, que, realmente, foi deliciosa. Um frango bem quente, com um molho grosso de . ameixa e um sabor todo picante. A preocupação das pessoas que chegavam era de procurar um restaurante. Tenho a impressão de que todos levavam a indicação do famoso prato. Os três restaurantes estavam lotados. Contamos com a boa vontade da dona do restaurante que, imediatamente, providenciou nossos assentos, quando explicamos que tínhamos de seguir viagem rapidamente.
Sobre  “Le Poulet à Bresse”, lemos o seguinte: “Le dandy poulet est élégant et raffiné et se distingue des autres gallinacés par son allure altière et sophistiquée avec un plumage rehaussé d'or et de nacre. De Lydie Thonnerieux & Christophe Muller (Restaurant Bocuse)
“O frango dandy é elegante e refinado e destaca-se a partir de outros galináceos  pelo seu olhar altivo e sofisticado, com uma pena adornada com ouro e pérola. Lydia Thonnerieux & Christophe Muller (Restaurante Bocuse). Há  diversas configurações do frango por toda a cidade, não como propaganda de algum restaurante, mas sim como um verdadeiro emblema do local. Ora colorido, ora dourado, de todas as maneiras, sempre o frango de Bresse, como, por exemplo, no Boulevard de Brou, em que ele aparece totalmente dourado. A cidade inteira parece viver em função do frango. A curiosidade nos obrigou a conhecer e a saber mais sobre  a origem  dessas aves.


                                                  Le Poulet-de-Bresse  Foto:leprogres.fr




Ficamos sabendo que a capital do Poulet  se chama Romenay e que está  situada no limite da Bresse savoyarde e da Bresse bourguignonne, possuindo  muitas criações de volailles de Bresse. A cidade seguiu toda a evolução de  Bresse  de uma maneira geral até   que as explorações agricolas desapareceram.. Para uma das festas mais importantes da região, o. Comité de  festas organisa la Fête du Poulet de Bresse  que atrai numerosos visitantes para degustar o poulet rôti ( rosti) no espeto (à la broche),  e assistir ao espetáculo que anima a cidade durante todo o dia.
Avista-se pelo caminho pequenas fazendas de Bresse, onde  são criadas essas “volailles”,  que,  até uma época bem recuada, viviam  completamente isoladas  e eram autossuficientes  As “ volailles” , todas brancas estão sempre em liberdade em grandes prados com galinheiros  por toda a área..
Os criadores e a população sentem-se orgulhosos com a propagação da fama do « Poulet de Bresse » e a reputação da cidade de ser uma das melhores mesas gastronômicas que existe na região e nos arredores desde 12 de novembro de 1591.  Para os Bressans,  a degustação de um bom frango deve ser acompnhada de um bom vinho.. Há pequenas diferenças entre um lugar e outro no preparo do frango, há quem diga.
« Mais une chose est certaine : une volaille de Bresse ne peut être bien produite qu'en Bresse. » E, assim, terminam com a questão.
BRESSE , historicamente,  era uma antiga província da França e tendo em vista que os limites das antigas províncias não eram rígidos, Bresse seria  uma província dentro da província da Borgonha.




                                                 Bourg-en-Bresse    Foto:panoramio.com





                                                         


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                                                    BESANÇON




A tarde, chegamos a Besançon, que é arrondissement e capital do departamento de DOUBS (25), da região Grande Jura. A antiga província se chamava Franche-Comté. Notamos logo a existência de uma cidadela, cortando o centro da cidade Neste cidadela há um museu . E dentro desse museu, além de diversos setores culturais e históricos, há o museu “de la Résistance et la Déportation” . É considerada a capital francesa da “horlogerie”, desde 1660, contando com grandes firmas técnicas em atividade.
Ficamos pouco tempo em Besançon, o tempo suficiente para esticar as pernas, dar uma olhada nas imediações e tomar um refrigerante e um café..
A cidade que, na antiguidade se chamava Vesontio, fica às margens do rio Doubs. Foi tomada pelos romanos em 58 a.C. Sobreviveu e na idade média se torna sede de um arcebispado.
Besançon foi uma importante cidade da  época galo-romana. Fazia parte da rota de Roma. Existe uma praça arqueológica (Square Castan)  com as 8 colunas coríntias com vestigios arqueológicos do centro histórico de Besançon. Está situado no quartier Saint-Jean, rue de la Convention.  A conhecida e muito visitada Porte Noire, outra indicação turística do passeio,  representa
 um  arco   do triunfo em homenagem ao imperador Marco Aurélio.
A atividade Relojoeira apareceu o fim do século XVIII por iniciativa de   Laurent Mégevand, que negociava com relógios, fundando em 1793 a Manufatura Francesa de Relojoaria criando numerosos ateliers que contou com  relojoeiros de Locle, Neuchâtel, Genebra e Porrentruy.  Assim, a indústria relojoeira foi lançada em Besançon, no Doubs.
 Minha atenção começou a se deter sobre o tipo de construção da maioria dos prédios em Besançon, o que lhe dava, entretanto, uma unidade arquitetônica perfeita. Eram possantes  as paredes  revestidas de uma pedra de cor beige-ocre e ao mesmo tempo mesclada de um azul-cinza. Diferente e interessante. A curiosidade fez com que me inteirasse do fenômeno.


                                                 Pedra de Chailluz   Foto: viverplenamenteparis.blogspot.com


 Tratava-se de uma pedra calcárea que era retirada da própria região, da floresta de Chailluz, que é um massiço da própria comuna de Besançon, no Doubs. Esta floresta é atravessada por uma estrada. A pedra é composta de calcários  datando do Bajocien1  que cobrem une grande parte das rochas em nivelamento da  Floresta de Challiuz. A maioria das construções, repetimos,  do centro antigo de Besançon  são edificados com esta pedra extraída de  pedreiras próximas da cidade e que tem a particularidade de apresentar as duas cores, duas tonalidades. beige-ocre com grandes manchas  de cor bleue-grise ditas « bleu de Lignières ». Esta pedra foi imposta em 1569  a fim de por termo aos incêndios destruidores que castigavam regularmente e destruíam quartiers inteiros então feitos em madeiras. 
Eis o que se diz sobre a conservação dos Monumentos: “La pierre de Chailluz -calcaire bicolore gris-bleu et beige-ocre- , utilisé à Besançon et que l'on remarque sur les façades récemment ravalées, donne leur unité aux maisons hautes aux toits pentus. Elle provient de niveaux géologiques de l'ère secondaire et est extraite du sous-sol de la région depuis 1569, date à laquelle il est imposé aux bâtisseurs d'élever les façades sur rue en pierre.”
Na Praça da Grande Rua viveu Gustave Courbet e  nasceram Charles Nodier, os célebres irmãos Lumière da cinematografia  e o escritor Victor Hugo. no n.140.  Nesse endereço sempre ocorrem diversas manifestações culturais em homenagem ao grande escritor, que é um orgulho para a cidade.
Besançon é uma cidade voltada à arte, à cultura e à história, animada por sua Cidadela, seus museus e suas galerias de pinturas. A Citadelle de Besançon é uma das principais atrações, construída de 1668 a 1688 por Vauban - engenheiro, arquiteto militar, urbanista ensaísta francês, também  considerado precursor do iluminismo. Ele foi nomeado por Luís XIV como Marechal da França. .  A visita à Citadelle deve durar mais de 4 horas, por esse motivo nem se pensou nessa hipótese. Que pena!


                                                      Citadelle    Foto:dokatano.blogspot.com


A Cidadela, por sua importância histórica, está inscrita no Patrimônio Mundial da Unesco.
( Ainda no carro, pensei. Quantas coisas existem pelo mundo afora e não se tem como tomar conhecimento delas. A gente só consegue conhecer algo quando ele chega ao nosso conhecimento através da  visão,  pelo tato,  pela audição ou pela leitura aprofundada .. Sem esses elementos só se pode imaginar ou criar uma  situação sem existência real, concreta. Assim, nessa viagem, ao chegarmos em Bourg-Em_Bresse já sabíamos da existência do Pouklet à Bresse. O que não se sabia era o quanto essa iguaria representava para a cidade no tocante  ao turismo e à vida econômica. A gente viu com os próprios olhos. Quanto a Besançon o seu ponto alto para mim foi a arquitetura da cidade. Ao examinar o primeiro prédio antigo, achei que ele estava com manchas e, ao ver mais um, mais outro, notei o mesmo tipo de mancha. Aquele fator constante me fez concluir de que se tratava de uma feição característica da arquitetura de pedra local. E aí ficamos sabendo de tudo, que havia uma floresta na região, chamada Chailluz, e que, nessa floresta, eram retiradas pedras para as edificações urbanas, em substituição à madeira que havia provocado incêndios em quartiers inteiros. Da necessidade de proteção saiu, pois,  a concepção artística para aprimorar  as construções do passado com a pedra bicolor: . gris-bleu et beige-ocre. O tipo de pedra colorida com pequenas manchas criou um conceito arquitetural em Besançon, com a apropriação pelos artistas de um desenho da natureza.)


Foto: prof2000.pt


Besançon




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                                                     COLMAR _ Foto: igougo.com


Chegada a COLMAR, arrondissement e capital do departamento de HAUT-RHIN ( 68), da região Grande Alsace Lorraine. Pernoitamos no Hotel Colbert perto da estação ferroviária. À noite fizemos um passeio pelos arredores até o centro da cidade. As casas alsacianas antigas , com balcões floridos, torres e sacadas ornamentadas, ficavam nas imediações da praça da Ancienne-Douane. É uma construção soberba, com uma galeria de madeira e uma escada que terminava numa torre, datando de 1480. A praça continuava nas ruas dos Marchands e Mercière, que formam o coração da cidade antiga.
Colmar tem uma história interessante, pois a cidade soube preservar uma excepcional homogeneidade de seu centro histórico. A imensa zona de pedestres possibilita aos visiatntes admirar as riquezas arquitetônicas de um patrimônio tão requintado e  variado, desde a Idade Média ao século atual.


                                              COLMAR            Foto:betterphoto.com


Descobre-se, passeando ao longo do quai de la Poissonnerie, que antigamente, destinado à pesca, era  o centro da venda de peixes, o charme desse quartier pitoresco que é conhecido como « Petite Venise ».
Nos restaurantes no Vieux Colmar,  as garçonetes que servem às mesas , usam roupas típicas, constando de uma ampla blusa branca em algodão com mangas rendadas  longas, uma saia vermelha  vasta e, também, longa, cobrindo os joelhos, com uma barra bordada, e um avental preto com sua barra bordada.
Vimos a Maison des Têtes, construída em 1609,  pelo mercador Anton Burger, que é um belo edifício da Renaissance allemande, devendo seu nome às cabeças ou máscaras grotescas que ornamentam sua fachada de três andares.


                                                       Maison de Pfister   Foto:photos.igougo.com




A Maison Pfister é um dos símbolos do velho Colmar e tem o nome de um de seus proprietários e foi construída em 1537 por um chapeleiro, Ludwig Scherer’
Apreciamos a  área pedestre do Vieux Colmar,    uma das mais vastas que conhecemos e nos permitiu admirar as imensas relíquias de um patrimonio arquitetônico histórico e cativante. A Idade Média deixou exemplos de arquitetura  gótica como  a Collégiale Saint-Martin ou l’église des Dominicains.
Le Koïfhus (l’Ancienne Douane) foi terminada em  1480 e é a mais antiga construção pública da cidade.  Na época representou um papel central na vida econômica de Colmar, servindo de depósito, em 1370,  de todas as mercadorias importadas de Colmar.
Na verdade, a cidade de COLMAR parece uma página colorida e extraída de  de um conto de fadas para uma demonstração viva, um verdadeiro espetáculo para os turistas, como se aquele ambiente não fosse o seu cotidiano.


                                           COLMAR   Foto:splendorsofeurope.com




                                                  COLMAR




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              FREIBOURG   Foto:passioneperviaggio.blogspot.com




17.5.98: Saída de COLMAR logo pela manhã, após o café e um rápido passeio pelos arredores.  Fizemos um desvio da rota e resolvemos conhecer FREIBOURG, onde compramos um relógio Cuco, com uma orquestra de dançarinos e passarinhos. Uma relíquia dos relojoeiros da Floresta Negra.
 Em FREIBOURG, na Alemanha, passamos um bom tempo na praça principal, que estava completamente lotada, uma infinidade de pessoas aproveitando os raios do sol.   Havia muitos bares e restaurantes. Alguns músicos executavam suas composições musicais ao redor das mesas. Havia sol, músicas e risos por todo canto da praça por causa dos .grupos de excursões chegando e saindo, liderados por guias animados.  Ao fundo, um grupo de escandinavos cantavam calorosamente com uma pequena orquestra..  Percebemos bondes coloridos trafegando nas vias principais da cidade., o que nos chamou a atenção. Fotografamos toda aquela área festiva e conseguimos filmar.


                                          FREIBOURG   Foto:passioneperviaggio.blogspot.com


A nossa ideia era ir à Floresta Negra. Eu e Izidoro já a conhecíamos da primeira viagem à Europa. Pensávamos em comprar o relógio cuco lá, onde deve existir uma imensa variedade para escolher um modelo.. Entretanto, o encontramos na praça de Freiburgo. E, como Ary e Leila desistiram de conhecer a Floresta Negra, rumamos para Strasbourgo








                                         FREIBOURG




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                                           STRASBOURG    Foto:passioneperviaggio.blogspot




Chegada a STRASBOURG, que é arrondissement do departamento de BAS-RHIN (67), da região Grande Alsace Lorraine. Strasbourg é a metrópole da Alsace, intelectual e econômica. Trata-se, hoje em dia, de uma capital internacional. O rio RHIN atravessa a cidade e é navegável, servindo aos passeios de embarcações turísticas. Quando chegamos, ainda no carro, presenciamos o corre-corre de uma multidão. Foi uma luta para conseguir  um hotel. De informação em informação, chegamos ao hotel Suisse, nas imediações da praça da Catedral.  Era um local muito bonito. À noite, jantamos animadamente nas cercanias um delicioso chucrute alsaciano.
Antes de a noite cair, fizemos um passeio pelos arredores. A famosa catedral está situada numa larga praça, sobre as fundações de uma antiga basílica “rhénane” construída em 1015. Ela é ricamente ornada. Conhecemos dois “quartiers”: primeiro o da Cathedrale, onde se encontra a Maison Kammerzell de 1589, no ângulo norte e a mais antiga farmácia da França no ângulo sul; e segundo o da Petite France, antiga colönia de pescadores, com suas construções da Renaissance Alsacienne( século XVI e XVII), trançadas em madeira e flores diversas nas sacadas. É a Petite France que dá, sem dúvida alguma, o sentido histórico da velha Strasbourg. As ruas de comércio são convidativas pelas lembranças da cidade, pelas louças, arranjos e roupas. Há uma variedade de boutiques com vitrines atraentes e grandes magasins


                                                    Petite France       Foto:alsace.blogs-de-voyage.fr



A Petite France, com suas rues  Bain-aux-Plantes,  Escarpée,  rue dês Dentelles, com suas pontes,  seus  canais e suas casas em estilo “colombage”,  é um “quartier” histórico, situado na Grande Ilha de Starsbourg, que mereceu sua classificação em 1988, pela Unesco, de PATRIMÔNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE.
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18.5.98: A saída de STRASBOURG foi logo depois do café. Ainda fizemos umas compras na praça da Cathédrale



                                          STRASBOURG    Foto: images.businessw












                                         STRASBOURG




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                                         LUXEMBOURG        Foto:luxembourg.co.uk


Visita a LUXEMBOURG. Praticamente passamos o dia inteiro pelas ruas de Luxembourg, entre seus prédios históricos, sua rica e abundante vegetação. Filmamos os pontos mais importantes da cidade e . almoçamos num restaurante chinês. O que falar sobre Luxembourg ?
Assim que chegamos, imediatamente, notamos que o verde dominaria nossos olhos. Parecia que estávamos entrando numa floresta urbana em seus bosques com uma paisagem variada e cheia de contraste,  de forma e cor.
As estreitas ruelas da velha cidade convidavam a um passeio a pé; colinas  e falésias  dariam .uma visão dos vales de Alzette e Petrusse; o Palais Grand Ducal e a Catedral de Notre  Dame; museus de arte e história de Luxembourg.

( O bom mesmo é sentar-se nos  cafés ao ar livre (esplanada) e , enquanto se bebe algo, deixar a vida rolar  no alarido dos passantes quando o sol  colore os prédios quietos da rua.) 






A  gente percebeu que a cidade de Luxemburgo devia  ser percorrida a pé, circulando no meio da natureza e entre velhos edifícios medievais., quando faríamos o percurso pela cidade desde a Praça D´Armas  até a Praça da Constituição.. Pelo  Chemin de la Corniche chegaríamos ao Castelo .Vim os as Casemates, com seus  túneis, corredores e armazéns subterrâneos, onde se refugiaram os habitantes da cidade na II Guerra Mundial.
O Boulevard Franklin Roosevelt é um ponto alto da cidade, com seus prédios alinhados e bem visíveis, tendo como centro a Place Guillaume II, onde se encontram a prefeitura, o centro de informações turísticas,  além de muitos restaurantes e lojas . Outro ponto de interesse é constiuído pelos jardins do Pétrusse  acompanhando o rio que corre no fundo do vale. A visão dos penhascos dos dois lados dos jardins,  que são rodeados de casas e árvores,  mostra uma bonita área verde daquela parte da cidade. Fica-se com  desejo de descer até o fundo do vale e mergulhar na sua imensidão bucólica  mas quando se pensa  na subida da volta, vem a desistência..
A cidade de Luxemburgo possui 110 pontes, o que explica, também,  a denominação  de “cidade das pontes”.

                                                PONTE ADOLFO   Foto:lerever.wordpress.com




O Grão-Ducado de Luxembourg funciona como um verdadeiro Estado com uma história muita rica. Está situado no coração da Europa, entre a França, a Bélgica e a Alemanha, tendo vivido as grandes evoluções europeias. 
Na idade Média  o país ostentou a coroa do Santo Império Romano Germânico. Antes de galgar sua independência, Luxembourg  pertenceu, numa sucessão, aos condes,  depois duques de Luxembourg, aos duques da Borgonha, aos reis da Espanha, aos reis da França,  aos imperadores da Áustria e aos reis dos Países Baixos.Uma sucessão de fatos e de acontecimentos moldaram essas transformações ao longo da história.






Os registros lendários e históricos dão que, em 963, um conde chamado SIEGFRIED, da dinastia carolíngia, descendente de Carlos Magno,  adquire uma abadia num promontório rochoso que dominava o rio de Alzette. De acordo com a carta de transação já existia no local um pequeno forte de origem romana chamado “Lucilinburhuc” . Assim, Luxembourg aparece nos primórdios da história, passando a constituir a cidade que se formará e depois o país. Atualmente, a cidade e o país têm o mesmo nome.
Segundo a lenda o conde SIEGFRIED teria se casado com MÉLUSINE, lenda de uma mulher-peixe que faz parte do folclore europeu e que teria desaparecido nas ondas do Alzette. Qualquer que seja o sentido dessa lenda, SIEGFRIED é a origem da casa de Luxembourg que,  no século XIV e na primeira metade do século XV, dará 4 imperadores ao império e 4 reis à Bohême.

                                                       MÉLUSINE - Foto lcto.lu


Nos registros lendários sobre Mélusine encontrei o seguinte: “” Quando o conde Siegfried das Ardenas comprou os direitos feudais sobre Luxemburgo em 1963, seu nome estava ligado a versão local de Melusina. Em 1997, Luxemburgo emitiu um selo postal comemorativo desta Melusina, que possuía basicamente os mesmos dons mágicos que a ancestral dos Lusignan. A Melusina de Luxemburgo fez surgir o castelo de Bock por mágica na manhã após o casamento dela. Pelos termos do matrimônio, ela exigiu um dia de absoluta privacidade a cada semana. Infelizmente, Siegfried, como os luxemburgueses o chamam, "não conseguiu resistir à tentação e num dos dias proibidos ele a espiou no banho e descobriu que ela era uma sereia. Quando ele soltou um grito de surpresa, Melusina percebeu-o e a banheira imediatamente afundou-se na rocha sólida, carregando-a com ela. Melusina surge brevemente na superfície a cada sete anos como uma bela mulher ou serpente, carregando uma pequena chave de ouro na boca. Quem quer que tire a chave dela a libertará e poderá tomá-la como sua noiva. "
Luxembourg, além de ser uma capital financeira, por sua longa história é uma capital cultural europeia por excelência. Um quarto do seu território é ocupado por espaços verdes. A sua vegetação abundante numa área diminuta lhe confere o título de  capital mais verde da Europa. É, também, o “país das rosas” em virtude de sua produção anual. Sua fama de ser a capital mais segura do planeta  é explicada por diversos fatores  sociais, culturais e ambientais, tais como sua condição e qualidade  de vida extremamente elevada..


                                         LUXEMBOURG         Foto:antonietaelias.blogspot.com




 
                                            LUXEMBOURG





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