terça-feira, 29 de maio de 2012

VIAGEM À EUROPA - 1998 - HOLANDA



VIAGEM À EUROPA  -  20.5.1998  a  22 .5.1998  - ALPES 11ª. Parte
( Elsa Caravana Guelman e Izidoro Soler Guelman; Leila de Fátima Caravana Ávila  e Ary Lima Filho)

                                               Holanda      -    lucyinthesky.com.br

Em 20.5.98 saímos de  Bruges com pesar por deixar uma cidade tão encantadora que preencheu todas as nossas expectativas. Quando se chega   há sempre  surpresa e quando se vai embora surge o pesar.  Nosso destino agora seria a HOLANDA e um novo mundo se abriria aos nossos olhos.
A vegetação e a paisagem holandesas diferiam totalmente da vegetação dos alpes e prèalpes. Tudo a nossa frente era plano, imensamente plano e verde, sem mudanças bruscas, onde as vacas, as famosas vacas holandesas, pastavam. A mudança da paisagem se deu sem que a gente percebesse, de repente, envolvidos em uma conversa ou na busca de um roteiro turístico
Almoçamos em Delft, uma cidade cortada por canais,  num restaurante  perto de um canal. O ar estava ameno e convidativo.


                                                         Delft     --      entretulipas.com

Delft é um dos centros mais antigos do país, já sendo mencionado em 1062. Ali nasceu um grande jurista de nome Hugo Grotius. É igualmente pátria do pintor Jan Vermeer, um verdadeiro gênio da pintura universal. Tornou-se famosa por suas fábricas de faiança, que datam de meados do século XVII. Essa indústria se inspirou, inicialmente, em modelos chineses, teve seu apogeu entre 1680 e 1740.  Sua Porcelana típica azul, conhecida como Delft Blue, havendo, contudo, outras cores de inspirações italianas e orientais.Existe uma  porcelana 100% pintada à mão,  que é acompanhada de um certificado com o número da peça, visando a atrair o turista exigente e o colecionador de peças raras.


                                                 DELFT   -  viajesaholanda.com


Tipicamente holandesa, Delft não apresenta  o cosmopolitismo de Amsterdam, e mantém uma identidade própria. O centro é formado por dois canais originais, que chegam à praça chamada Markt
O antigo convento mantém atualmente o Stedelijk Museum Het Prinsenhof com uma rara coleção de louças antigas, tapeçaria, prataria e retratos da família real holandesa. Outro museu da cidade é o Volkenkun-dig Museum Nusantara, com peças que foram trazidas da Indonésia por mercadores da Companhia Holandesa das Índias.
Não se pode deixar de fazer referência ao pintor holandês Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675), que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer, considerado  pela crítica mundial como um dos maiores pintores de todos os tempos.
Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de Delft.
É sabido que Vermeer trabalhava lentamente e que era muito meticuloso. Suas obras se distinguem por uma combinação de cores inimitáveis – cores claras e pigmentos algumas vezes dispendiosos  com uma predileção para o ultramar natural e amarelo --  o domínio no tratamento e no emprego da claridade, e  um arranjo ideal, criando uma ilusão de espaço particular, procurando criar um mundo mais perfeito para expressar suas ideias artísticas.
Além da lentidão e da meticulosidade, Vermeer era também cuidadoso com suas  pinturas, pondo-as para secar  de tempos em tempos. Como, no local,  o relógio vazio indicava o ano de 1660, ficou acertado que o quadro VUE de DELFT teria sido acabado entre 1661 e 1663


                                          Quadro: Moça com brinco de pérola -- viajesaholanda.com
                                           Filme: modelo Scarlett Johansson.


Depois de haver sido praticamente esquecido por mais de um século, o pintor foi redescoberto em 1866 pelo crítico de arte Théophile Thoré-Burger que lhe consagrou uma série de  artigos. Desde essa descoberta, a reputação artística de Vermeer se ampliou e passou a ser reconhecido até o presente, com   Rembrant e Frans Hals, como pintores do século de ouro néerlandais.
Numa série de três artigos publicados em 1866 na Gazette des Beaux-Arts, em Paris, o crítico  fez o relato de sua descoberta de Vermeer. Quando visitou o museu de La Haye em 1842 descobriu o quadro VUE DE DELFT com o nome de Vermeer figurando no catálogo,  nome esse que lhe era desconhecido. Há duas versões para o episódio, na primeira ele é tomado de violenta emoção diante da beleza do quadro descoberto e, na  segunda,  ele simplesmente se encantou com o quadro e tentou imediatamente conhecer todos os pormenores com referência à pintura e ao pintor.  Nos anos seguintes, descobre, numa coleção particular, dois outros quadros assinados pelo pintor ( La Laitière e Façade d’une maison hollandaise). Movido pela admiração e pelo entusiasmo ele reconhece 70 quadros dispersos e atribuídos a outros pintores, que, passados por análises modernas, pelo menos, 40 deles foram autenticados como de Vermeer


                                                  Detalhe Vue de Delft -  art-deco.france.pagesperso-orange.fr


Analisando a Vue de Delft com a devida atenção, percebe-se no primeiro plano do quadro  o canal Schie, emoldurado pelas portas de Schiedam (à esquerda) e de Rotterdam (à direita), assim como a Nova Igreja (Nieuwe Kerk) protestante, iluminada no fundo pelos raios do sol..
O arranjo de casas que Vermeer pintou à esquerda existe ainda
Quando se chega a Delft, a torre da velha igreja aparece também massiça e imponente  como a da nova igreja. No quadro, é diferente,  a torre da velha igreja é pouco visível, enquanto que a nova é saliente e duas vezes mais larga.

                                                   Vue de Delft   -   grandspeintres.com

Não resta, atualmente, nada, nem sequer  uma pedra para recordar as duas antigas portas, desde a demolição da porta de Schiedam em 1834 e da porta de Rotterdam em 1836. Em seu lugar, um intenso tráfico de automóveis passa rapidamente por entre os fantasmas das duas portas que identificavam a cidade no canal Schie. Somente o Armentarium,  as construções ao longo dos canais e duas fachadas ao longo da rua  Kethel recordam o que era Delft nos tempos de Vermeer.
A viagem, a seguir, mostrou alguns moinhos , as  vacas malhadas nos campos verdes  e muitas plantações de  tulipas




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                                          HAIA  _   fernandolemos2.blogspot.com


Nossa visita a HAIA foi, como tantas outras, rápida. Mas, mesmo assim, tiramos muitas fotos e filmamos, principalmente a área litorânea. Ë uma cidade famosa no cenário histórico. Suas conferências projetaram-na nos anais e nos interesses jurídicos. Estivemos num balneário com cafés e restaurantes ao ar livre.
Havia muita expectativa de nossa parte no tocante à Haia. Sabíamos que era uma cidade muito importante no cenário jurídico,  com forte tradição diplomática e por ser, fundamentalmente,  a sede de quatro tribunais internacionais, em que se destacam O Tribunal Internacional de Justiça  e a Corte Penal Internacional, sem falar nas conferências de alta importância que ali se realizaram. Estávamos, pois, no centro jurídico do mundo. 
Haia é a sede do governo, mas, oficialmente, a capital que  é Amsterdã. Haia mantém a Eerste Kamer (primeira câmara) e a Tweede Kamer (segunda câmara), que são câmaras alta e baixa formando o "Staten Generaal" ("Estados Gerais").  Sabe-se que a  Rainha Beatriz  vive e trabalha em Haia com as. embaixadas e ministérios bem como a Hoge Raad der Nederlanden (A Suprema Corte), oRaad van State (Conselho do Estado) e muitas  organizações de importância.


                                          BINNENHOF (Parlamento) - noticiasdoplaneta.blogspot.com


No centro histórico encontra-se o impressionante complexo de construções de Binnenhof, que é o local de funcionamento do parlamento holandês desde o século 15. Junto ao complexo existe um lago e a casa onde viveu Maurício de Nassau, hoje museu,
Dos muitos prédios históricos interessantes em Haia, nenhum é tão impressionante como “Het Binnenhof”, o Parlamento Holandês. No pátio interno, fica o “Ridderzaal”, o salão dos cavaleiros. O  prédio com arcadas, torres e um fosso com chafarizes e cisnes parece um castelo saído de um conto de fadas.
Ao longo dos séculos, o “Binnenhof” vem ocupando o centro da vida política na Holanda como sede do Parlamento .. O salão dos cavalheiros, o “Ridderzaal”, além de ser a construção mais importante, construída no século XIII, é o local onde, em seu trono, a rainha faz o discurso de abertura anual do parlamento, na terceira terça feira do mês de setembro. Para cumprir esse ritual, a família real chega ao “Binnenhof “ numa  carruagem dourada
Vale a pena observar a disposição dos prédios do governo situados no centro da cidade em torno de um pátio interno, o Binnenhof com uma fonte,  ao longo do belíssimo lago Hof (Hofvijver). É um complexo sóbrio, elegante e , ao mesmo tempo, suntuoso
.A cidade surgiu por volta de 1230, quando Floris IV construiu sua residência de caça ao lado da lagoa conhecida como Hofvijver. A seguir um amigo do conde edificou um palácio em 1256, o Ridderzaal. O Duque de Borgonha passou a controlar as províncias de Noord Holland, Zuid Holland e Zeeland, deixando um substituto para governar em seu lugar em De Haag’. Vieram as  guerras Napoleônicas, o Reino Unido dos Países Baixos (com parte da Bélgica) se uniram contra a França, Bruxellas e Den Haag, que se alternava a cada dois anos como sede do governo. Após a separação da Holanda e da Bélgica, Amsterdam permaneceu como capital dos Países Baixos e o governo permaneceu em Den Haag.


                                               RIDDERZAAL  - panoramio.com







Por volta dos anos de 1230 e 1280, os Condes da Holanda construíram um castelo no mesmo local onde hoje está o atual "Binnenhof". No início era uma pequena hospedaria de caça, modificada na gestão do Conde Floris V, com a construção do  Ridderzaal. No século XIV, surgiu um pequeno  assentamento ao redor do castelo, que cresceu rapidamente em razão da chegada da corte, tornando-se um  povoado com  industrias texteis e algumas cervejarias,  denominado Haia dos Condes, que atualmente é conhecido como Den Haag ou Haia
Conhecemos Madurodam, a Holanda em miniatura. Era um espaço grande que focalizava aspectos culturais e arquitetônicos do país. São castelos e construções menores, de épocas diferentes,  refletindo fatos históricos. Surgem  encenações de batalhas e paradas militares. Também há embarcações representando o apogeu das conquistas  marítimas no passado.
Madurodam é localizada em Scheveningen. É um modelo de uma cidade neerlandesa numa escala uniforme de 1:25, uma representação da arquitetura neerlandesa.  Madurodam foi construída em 1952 com dinheiro doado pela família Maduro em homenagem ao filho,George Maduro, que faleceu na luta contra a ocupação nazista dos Países Baixos. Uma homenagem a quem lutou pela liberdade contra a opressão e a tirania.
A cidade miniatura Madurodam é  famosa no mundo inteiro, um lugar ideal para conhecer todos os aspectos arquitetônicos da Holanda. As casas típicas ao longo dos canais em Amsterdã, o atuante  mercado dos queijos em Alkmaar, suntuosidade do  Palácio Real, o Rijksmuseum, a torre da catedral  de Delft, tudo muito bem organizado e  representado nos seus ínfimos detalhes em belíssimos jardins.


                                          Madurodam  Binnenhof en Ridderzaal - free-photos.biz


Madurodam está em constante  movimento.É um mundo em miniatura.  Há moinhos de vento girando, lanchas  em  passeios pelos canais, um incêndio sendo apagado no porto, enquanto  os tréns modernos percorrem a cidade por uma estrada de ferro em  miniatura..
Uma visita à praia vizinha e ao bulevar de Scheveningen, um bairro de Haia,   completou a visita a  Madurodam. A praia, que é  longa,   com uma esplanada  e inúmeras cabines de banhos, movimentadíssima, funciona como um verdadeiro convite  para os prazeres do mar..

                                                 Museu Mauritshuis -    flickr.com

O museu Mauritshuis , Casa de Maurício,  é um importante prédio histórico de Haia, um dos mais importantes da Holanda. Foi construído por Maurício de Nassau , governador do Brasil holandês no século XVII. Hoje se chama Real Galeria de Pinturas de Mauritshuis, com um importante acervo de arte, tendo  sua construção, como modelo e fonte de inspiração,  edifícios italianos, célebres na época.
Encontra-se o museu num  dos bairros mais elegantes de Haia, sobre o Hofvijver, perto do Binnenhof,  com uma grande extensão de jardins.
O museu é composto de pequenas salas intimistas  com pinturas de Johannes Vermeer e Rembrant, entre outros. O quadro Vue de Delft de  Vermeer é responsável pela grande notoriedade do museu, atualmente, recebendo inúmeras visitas de artistas e interessados em artes para ver no local o que foi descrito na obra magistral de Marcel Proust, À La Recherche du Temps Perdu. Todos querem ver, examinar, analisar a « pintura mais bonita do mundo », como foi classificada por Proust em uma carta a uma amiga, em 1907.
Os historiadores de arte admitem que o quadro de Vermeer, la VUE de DELFT, foi comprado pelo rei Guillaume 1er.(1815-1840). No século XX a pintura foi exposta na National Gallery of Art de Washington, depois passou a pertencer ao museu Mauritshuis de Haia.


                                         Vue de Delft - detalhe   -  essentialvermeer.com


Esta Vue de Delft representa uma parte da cidade natal de Vermeer sob a forma de uma veduta, uma pintura muito detalhada de uma paisagenm urbana, constituindo com La Ruelle,  as únicas paisagens da obra do pintor. Sobre Veduta, para melhor esclarecer o quadro, encontramos («Nas artes plásticas se chama veduta  -"vista"-  a gravura, pintura ou desenho RICO EM DETALHES e usualmente em grande escala que apresenta a perspectiva de uma paisagem  urbana ou de outros panoramas). 
De saída, percebe-se no primeiro plano o canal  Schie de Delft,  emoldurado pelas portes de Schiedam (à esquerda) e de Rotterdam (à direita), assim como a  Nova Igreja (Nieuwe Kerk) protestante,  iluminada ao fundo pelos raios do sol


                                                                   encres-vagabondes.com


Marcel Proust fez duas viagens à Holanda, sendo a primeira em outubro de 1898  a Amesterdam e a segunda em outubro de  1902, visitando Bruges, Anvers, Delft e Haia  A primeira viagem foi motivada por  uma grande exposição Rembrant, que fora  presenteada aos franceses por Arsene Alexandre no Figaro de 25.09.1898.  O escritor francês viu a tela do artista holandês, em 1902, no mesmo lugar em que ela pode ser apreciada hoje, no museu Mauritshuis, em Haia. Há relatos de  que Proust teria inclusive desmaiado ao ver a pintura, a belíssima panorâmica. Em 1921,  ele escreve a um crítico de arte, seu amigo,quando descobre que o quadro  Vue de Delft será exposto numa exposição holandesa no Museu Jeu de Paume, em Paris dizendo: “Depuis que j’ai vu ao musée de la Haye la Vue de Delft, j’ai su que j’avais vu le  plus beau tableau du monde” (Desde que eu vi no museu de Haia a Vue de Delft, eu soube que tinha visto o mais belo quadro do mundo.). Ele vai à exposição com o seu amigo, crítico por estar com a saúde muito debilitada, tanto que morreria em 1922. Passa mal, quase  cai, é amparado e volta para casa transtornado. E é fato que, depois da exposição, em sua obra prima,
 "Em Busca do Tempo Perdido", ele descreve  a ida de um romancista, Bergotte,  ao museu  para ver o famoso quadro e, ao vê-lo, de tão maravilhoso que o considera - le petit pan de mur jaune -  morre de êxtase diante da pintura, ao mesmo tempo se lamentando ao descobrir que não poderia escrever tão belamente quanto Vermeer pintava.
A obra de Vermeer, ainda que elogiadíssima pela crítica especializada, era pouco conhecida. Proust a  glorificou em sua Recherche e isso lhe valeu uma consagração mundial, tanto que há excursões visando principalmente uma visita  guiada da Vue de Delft  no museu Mauritshuis com explicações detalhadas dos locais e da técnica da pintura. 
É do mesmo pintor holandês, que viveu só 43 anos, a contar de 1632, outra obra famosa do museu de Haia "Moça com Brinco de Pérolas".


       
                                          Amsterdam - estradatemurgab.blogspot.co

Uma surpresa nos colheu quando chegamos a Amsterdam no cair da tarde. Por causa do jogo final entre Juventus e Real Madrid, não encontramos hotel. Foi uma busca infrutífera pelas ruelas, pelos canais, pelas praças. Todos estavam lotados. Que decepção! A cidade abrigava uma multidão entre torcedores, jovens e turistas. Não saberíamos afirmar como a cidade é normalmente, sem o jogo. Não se tinha como andar nas ruas com tanta gente por todos os lados. A estação ferroviária, de minuto a minuto, lançava pessoas de todos os tipos nas duas ruas principais da cidade. Não se entendia de onde vinha tanta gente. Seriam todas por causa do jogo ? Havia todo tipo de pessoa, se umas eram simples, até simples de mais na indumentária, outras eram sofisticadas e até exageradamente sofisticadas. Uma mistura sui generis .
Rapidamente resolvemos pernoitar numa cidade próxima a Amsterdam.

                                                 HILVERSUM -    mydutchcastle.nl

Em HILVERSUM ,  nosso companheiro  Ary, chegando ao ponto final da ida à Europa,  sentiu-se em casa, ao lado de familiares e amigos da época em que  tivera uma participação profissional ativa   na problemática  das telecomunicações, que era seu trabalho, então.
 Ficamos no Hotel Hilfertson : 3 noites.
 Aproveitamos para descansar um pouco dos efeitos da longa viagem  e conhecer a cidade  que nos recebia pela primeira vez,  com suas praças, seus mercados,  seus restaurantes.
Hilversum é um importante município holandês ,da província da Holanda do Norte, dando nome à maior  cidade da região. Está cercada por inúmeras várzeas, florestas, lagos, vilarejos.. Hilversum faz parte do Randstad, zona metropolitana dos países baixos, que vai de Amesterdam a Roterdam, considerada como  uma das maiores conurbações da Europa.
Hilversum fica a 30 km a sudeste de Amesterdam  .


                                               HILVERSUM - Rádio e Televisão - everytrail.com


A cidade é conhecida como  a cidade da “mídia " por ser  o principal centro de radiofusão dos Países Baixos.. A  Rádio Nederland é  ouvida mundialmente por suas ondas curtas desde  1920 e  está localizada em. Hilversum , que  é a sede de um imenso conjunto de estúdios de som e televisão,  pertencentes à empresa de teledifusão nacional NOB,  ainda estúdios e escritórios das organizações públicas de teledifusão  com  muitas redes de televisão comerciais.
Hilversum também é admirada pela imponente arquitetura do prédio da sua prefeitura (o "Raadhuis”) , contando com vários centros esportivos e comerciais (tais como Hilvertshof, Kerkelanden, Riebeeck-Galerij, Severijn e Chatham).
 O centro da cidade é chamado de het dorp,  que quer dizer, "a vila".
A cidade em 1958  viveu um estrondoso clima de festa ao participar e acolher  o Festival Eurovisão da canção com representantes do mundo inteiro.

 Visita de trem à AMSTERDAM.
Em Amsterdam, ficamos, pela parte da manhã, separados. Leila preferiu conhecer o Museu de Cera e nos, eu e Izidoro, fomos conhecer a Sinagoga Portuguesa, a célebre sinagoga que, um dia, recebeu o filósofo Baruch de Spinosa.
Queríamos conhecer a comida indonésia . Por incrível que pareça não se achou  nenhum restaurante indonésio. Fomos, então, a um restaurante que tinha comida indonésia, após os passeios, na rua Damrak.





( Da janela de um restaurante , saboreando comida indonésia, vi passar uma multidão que vinha da estação de ferro. E, de repente, me dei conta que, diante de mim, estava o mundo. Um mundo girando, doido, , caótico, heterogêneo, de todas as liberdades, como dizem os franceses. Enquanto isso, no interior do restaurante, as pessoas, que ali almoçavam, não se deram conta, sequer, dessa visão mágica que desapareceu quando me levantei para sair do restaurante.)

À tarde fizemos um passeio de barco pelos canais. A embarcação nos conduziu aos principais canais que ligam a cidade. Tivemos, então, a oportunidade de conhecer a estrutura arquitetônica local. As casas, todas iguais, lembraram-nos a cidade em miniatura. A cor escura sobressaia sobre a clara. As construções eram muito estreitas e altas. As mudanças de móveis seriam feitas com guindastes, pela frente. É uma estrutura que já está preparada para  esse tipo de tarefa, sempre pronta a uma possível mudança.
Por curiosidade, contornamos as ruas das prostitutas, onde, numa ambiência peculiar, cada mulher no seu compartimento fechado, oferecia um espetáculo diferente aos visitantes. Havia uma multidão no bairro da Luz Vermelha, muita curiosidade..
                                          Amsterdam- coupsdecoeurpourlemonde.com

22.5.98: Visita a LOENEN, no interior da Holanda, para conhecer um velho moinho e uma ponte levadiça. É uma cidade muito próxima de Hilversum
 Vimos o lago de Loosdrecht com igreja e moinho em Loenen


                                          Loenen    -  nieuwbouw.com




Andamos tranquilamente pelas ruas da cidade e  encontramos uma feira, onde se vendia, em grande parte, material  de couro. Nas  barracas alimentícias, havia  peixes herings para degustação imediata.
Presenciamos  uma ponte levadiça em pleno funcionamento quando dava passagem a barcos grandes. As pessoas aguardam que a ponte se levante até voltar  ao normal para continuar a dar passagem aos pedestres de um lado a outro. Á medida que um barco de certo porte se aproxima, há um sinal programado para a execução dessa tarefa, que, me parece, ocorre o dia todo.
Na planura holandesa, avistava-se ao longe os prados verdes salpicados do gado, uma paisagem que não se modificava, dando ideia de profunda calma, como o se o tempo conseguisse parar um pouco e , assim,  podermos observar longamente o que se descortinava  a nossa frente sem muita pressa.
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Foi um prazer conhecer a Holanda, com  suas cidades muito bem organizadas e convidativas. Estava chegando a hora do retorno, a volta para  Paris,  mas antes, como ficou decidido,  visitaríamos o Monte Saint-Michel, passando primeiro por LIlle.
Dava-se, então, adeus  à Holanda.



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